A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A ESCRITA
ANA TEBEROSKY
TEREZA COLOMBER
Este texto trata da escrita sob o ponto de vista da criança que aprende a ler e a escrever. Como já vimos anteriormente nos outros textos, às crianças constroem hipóteses sobre a leitura e a escrita. Essas hipóteses não podem ser explicadas porque partem da própria criança em sua curiosidade de descobrir a leitura e a escrita, não são hipóteses formuladas por adultos e ensinadas as crianças de forma mecânica, mas sim “estágios” pelos quais a criança passa em sua busca por significado.
O estudo construtivista tem se dedicado a por em evidência as hipóteses das crianças durante o processo de construção dos seus conhecimentos, analisando como e o que é conhecido, como e o que a criança aprende quando começam a ler e a escrever.
Esses processos de construção das hipóteses e dos conhecimentos se dão a partir do momento que as crianças interagem com o meio, ou seja, com material escrito e com leitores e escritores que dão informação e interpretam esse material escrito. Como estudamos nos primeiros textos, o ambiente familiar e socioeconômico não determina a aprendizagem, mas influencia na forma como se dá essa aprendizagem podendo ser um facilitador no processo de aquisição da leitura e escrita. Quanto maior for o acesso da criança aos diferentes suportes de textos e o apoio da família lendo as histórias e auxiliando nas atividades, valorizando os novos avanços mis chances essa criança possui de adquirir a leitura e escrita de forma prazerosa e significativa.
Dentre as várias hipóteses que podem ser construídas pelas crianças destaca-se a construção do próprio nome, o exemplo do texto nos mostra uma menina de cinco anos tentando escrever seu próprio nome. No começo ela escreve ANDREA da direita para a esquerda, faz a leitura com uma segmentação silábica lendo uma sílaba para cada letra, depois para no R e diz que escreveu seu nome errado pois ela termina com A. É interessante perceber que ela já tinha esse conhecimento firmado “meu nome termina com A” então, se não estiver assim não é o meu nome.
A professora a aconselha a ler com “o dedo” para facilitar e orientar a leitura fazendo com que ela perceba cada letra. Aos poucos ela vai estabelecendo novas hipótes, trocando as letras até conseguir assimilar totalmente a ordem das letras e sei significado fazendo o uso da correspondência alfabética.
Esses processos de assimilação e desenvolvimento de hipóteses ocorrem por reconstruções de conhecimentos anteriores, dando lugar a novas construções; como definiu Piaget nos processos de assimilação e acomodação dos novos conhecimentos, experiências.
Outra grande hipótese de diferenciação feita pela criança, se estabelece entre um desenho e algo escrito. Elas conseguem perceber a diferença entre o que se pode ou não ler e elaboram hipóteses sobre a combinação e a distribuição das letras. Assim, por exemplo, as crianças distinguem entre textos que têm poucas letras e textos que são para ler. Estes são dois princípios organizadores básicos, o princípio de quantidade mínima de caracteres e o princípio de variedade interna de caracteres.
Quando estava relendo este texto para fazer a postagem, meu filho de quatro anos estava perto e então comecei a fazer-lhe algumas perguntas: perguntei se ele sabia o que eu estava lendo e ele me respondeu que era um texto da minha escola; depois perguntei se ele sabia o que estava escrito e ele respondeu que eram coisas da minha escola, insisti e perguntei se ele ima ginava o que era, pedi que ele olhasse para o texto então ele respondeu que eram palavras e letras. Achei interessante ele não ter dito de imediato que era uma história, um livro, ele sabia que era um texto diferente do que ele normalmente “lê”. Aproveitei que estava estudando e sugeri a ele que pegasse seu caderno e canetas e escrevesse alguma coisa, então ele começou a escrever com letra cursiva, que é seu novo desafio já que antes só fazia as letras em forma bastão. Escreveu algumas palavras de seu jeito duplicando as vogais, colocava uma consoante na gente depois repetia várias vogais e perguntava o que estava escrito. Vou descrever algumas das “palavras” que ele tentou escrever: SAAO, NCAE, OAOACAS,MACO; não sei se fiz certo mas tentei explica-lo que não se repete tantas vezes a mesma vogal, que precisamos formar sílabas e etc., é o começo de uma longa jornada.
Parece-me que ele está começando a construir suas próprias hipóteses.
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A reflexão consegue retratar bem as principais ideias do texto. A relação que faz com o cotidiano, principalmente, observando seu filho em suas hipóteses ajuda a você compreender melhor a teoria. Sugiro que dê atenção ao descritor 7 (Correção... é necessário fazer uma revisão, pois há ausência de vírgulas, problemas simples com ortografia, etc). Além disso, senti falta de imagens, fotos e outros recursos... Idem para as últimas postagens...
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